Super Nintendo
Em 23 de agosto de 1991 o Super Nintendo era lançado nos Estados Unidos, 10 meses depois do seu lançamento no Japão no ano. Mas ele não teria uma vida fácil. Dois anos antes havia chegado ao mercado o meu maior rival, o Sega Genesis, conhecido aqui no Brasil como Mega Drive.
O sucesso do Famicon/NES lançou a Nintendo para a liderança da indústria de videogames que ela ajudou a recuperar e tornou a empresa um ícone cultural. Por mais de uma década a Nintendo disputou com a SEGA a preferência dos usuários e ela chegou a ter nos anos 80 um market share de 90%.
Suceder o Famicon não era uma tarefa fácil, já que o videogame era muito popular. Quando ele foi descontinuado em 1995 haviam sido lançados mais de 1000 jogos e 61 milhões de unidades do console haviam sido vendidas.
O Super Nintendo era um videogame de 16 bits, com um processador com 3,58 MHz, 128 Kb de RAM, 64 Kb de memória de vídeo, resolução de 512 x 448 pixels e uma paleta de cores com 32768 cores. O videogame podia exibir até 256 cores simultaneamente. Seus cartuchos podiam ter até 6 Mbits de dados. Seu preço de lançamento foi de 199 dólares. Junto com o console foram lançados os jogos F-Zero, Gradius III, Pilotwings, SimCity e Super Mario World.
Apesar do enorme sucesso no Japão, na América as coisas eram diferentes. O Sega Genesis era um console com maior poder de processamento. Além disso, não podemos esquecer dos jogos. Sonic foi um grande sucesso vendendo milhões de unidades, o que ajudou a consolidar o console.
A Sega e a Nintendo disputariam palmo a palmo o mercado de videogames. A Sega chegou a ter 55% do mercado americano em 1992. A primeira metade dos anos 90 foi cheia de fortes emoções. Até hoje existem discussões acaloradas para decidir qual dos dois consoles eram o melhor.
No final, a Nintendo saiu vencedora. Ela fabricou 49,1 milhões de consoles, contra os 29 milhões de consoles fabricados pela Sega. Ao sair de linha em 1996, havia sido lançados 1.757 jogos, sendo 721 na América do Norte.
Indiretamente, a disputa entre as duas empresas acabou deixando ambas de fora da liderança. A Sega decidiu lançar um periférico chamado Sega CD, para permitir jogos em CD, que tinham maior capacidade do que os cartuchos. A Nintendo foi pelo mesmo caminho, e decidiu terceirizar a tarefa, deixando o periférico na mão da Sony. De forma abrupta, a Nintendo rompeu a parceria, trocando a Sony pela Phillips.
No final das contas a Nintendo não lançou o produto, focando na criação de um novo videogame. E a Sony, que tinha investido muito tempo e dinheiro na parceria, decidiu arriscar e seguir adiante por conta própria. O resultado foi o PlayStation. O erro de cálculo da Nintendo custou o mercado, já que o Playstation domina ele desde então.
Hoje o Playstation representa 45% do mercado de videogames. A Nintendo tem que se contentar com a terceira posição e a Sega não fabrica mais consoles.



