Quando Louie Sulcer foi comprar uma música no Itunes em 25 de fevereiro de 2010 ele não imaginaria que estaria entrando para a história da Apple.

Com 71 anos nas costas, Louie queria apenas comprar uma música de um dos seus artistas favoritos, Johnny Cash. Ao comprar a música "Guess Things Happen That Way", ele acabou fazendo a compra de número 10 bilhões no serviço do iTunes.

O evento não poderia passar em branco. A marca da maça foi generosa e presenteou Louie com um voucher de 10 mil dólares. O próprio Jobs entrou em contato com ele para dar a boa notícia.

O iTunes, que surgiu em 09 de janeiro de 2001, revolucionaria a forma como consumimos música.  

No final dos anos 90, com a popularização do formato MP3, começariam a surgir os primeiros aplicativos de compartilhamento de música, como o Napster. O ramo fonográfico logo percebeu que esta concorrência impactaria de forma negativa as vendas e decidiu entrar neste mercado.

Ao invés de comprar um disco de seu artista favorito apenas para ouvir 1 ou 2 músicas, o iTunes permitia a compra individual de faixas, por 99 centavos de dólar. Mas o que faria o serviço decolar seria o Ipod, lançado em outubro do mesmo ano. Com 5 Gb de espaço interno, podia tranquilamente armazenar mais de mil músicas. Nunca havia sido tão fácil comprar e ouvir música.

O sucesso do iTunes  abriria as portas para os serviços de streaming, e colocaria um ponto final nos CDs. 

Antes dos CDs, a forma de consumir música era através de LPs e fitas cassete. Os primeiros LPs são de 1948 e as primeiras fitas cassete são da metade dos anos 60.

Em agosto de 1982 seria produzido o primeiro CD de música na Alemanha. Nos primeiros anos as vendas seriam tímidas mas o CD terminaria a década vendendo mais do que os discos de vinil. 

A partir dos anos 90 as vendas dos CDs aumentariam de forma drástica. No começo dos anos 2000 os CDs atingiram o auge, com números de vendas anuais próximos de 1 bilhão de unidades apenas nos Estados Unidos. Mas a partir dai foi apenas ladeira abaixo para os CDs. 

Uma década depois a venda de CD estava em franco declínio, tendência que segue até hoje. Em 2010 as vendas de CD na América eram pouco mais de 200 milhões de unidades, e em 2022 o número de unidades vendidas foi de 33 milhões, um número inferior ao de discos de vinil.

O mundo realmente dá voltas...