Vidstar

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Em 04 de junho de 1977 a empresa japonesa JVC lançava no mercado americano o videocassete  Vidstar.

Ver os filmes no conforto do lar era algo para poucos. O preço deste primeiro videocassete era de 1280 dólares. As fitas em branco para você gravar seu programa favorito custaram 20 dólares.

O VHS era um padrão de vídeo aberto criado pela empresa japonesa JVC. Logo outras empresas utilizariam o mesmo formato em seus aparelhos

Mas o VHS não foi o primeiro sistema de vídeo doméstico a desembarcar nos lares da América. Alguns anos antes a Sony havia lançado o Betamax, um formato proprietário usado exclusivamente por ela.

A disputa entre Betamax e VHS começou nos anos 70 e seguiu firme durante os anos 80.  

O produto da Sony era bem superior ao VHS. O formato Betamax reproduzia os vídeos com uma resolução de 333 linhas horizontais e 486 verticais. Já o VHS tinha uma resolução de 320. Isso dava ao Betamax a vantagem de ter a melhor imagem. Ele também tinha melhor qualidade de som e cor e as suas fitas eram mais duráveis. O tamanho da fita era menor, ela tinha uma polegada a menos de largura que o seu concorrente.

Mas apesar do Betamax ser melhor, quem se saiu melhor foi o VHS. Mas porque o VHS tendo uma qualidade de imagem inferior superou o produto da Sony?

Um dos motivos foi a duração da fita. Uma fita VHS podia gravar 2 horas de vídeo. Já uma fita Betamax podia gravar 1 hora. Isso era uma limitação na hora de ver filmes, já que o filme de menor duração tinha 75 minutos. Além disso, um filme com 2 fitas era mais caro. A maioria dos eventos esportivos ou musicais tinha mais de 1 hora. Priorizar qualidade em vez da duração foi um erro.

O fato do VHS ser um formato aberto também ajudou bastante a dominar o mercado. Em 1984, apenas 8 anos após chegar na América, o consumidor tinha a disposição mais de 70 aparelhos de vídeo, com preços entre 200 a 400 dólares. Eles custavam centenas de dólares a menos do que o produto da Sony. Em 1987 o formato VHS dominava 90% do mercado. Nesse ano o mercado de videocassetes movimentou mais de 5 bilhões de dólares.

Devido aos videocassetes VHS serem mais baratos, os produtores de filmes tinham um estímulo menor para disponibilizar seus filmes no formato Betamax. A Sony tentou fazer melhorias no Betamax, mas já era tarde. O mercado havia sido inundado por produtos compatíveis com o VHS.

A popularização do VHS criou uma nova oportunidade de negócios. Ao invés de comprar filmes, o consumidor criou o hábito de alugar. Redes de locação como a Blockbuster chegaram a ter mais de 9 mil lojas e movimentar bilhões de dólares.

Mas a derrota para o VHS não foi o fim do Betamax. O formato continuou vivo nas câmeras portáteis da Sony. E um formato derivado chamado Betacam teve um considerável sucesso.

Já o VHS teve uma longa vida. Ele continua firme nos anos 90 até o ano de 1997, quando surgiu o DVD. Apesar dos filmes terem deixado de ser lançados em VHS alguns anos depois, em 2005 ainda existiam 94 milhões de aparelhos nos lares americanos. O último videocassete VHS seria produzido em 28 de outubro de 2008.

 

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