Concorde

Concorde

Em março de 1969 o Concorde fazia o seu primeiro vôo de testes. Mas o seu futuro não seria como o esperado.

Quando o jato de passageiros anglo-francês Concorde fez o seu primeiro vôo de testes em 02 de março de 1969, o futuro prometia ser supersônico. Cruzar o Atlântico em pouco mais de 3 horas tinha tudo para ser o novo normal do transporte aéreo. Apesar do  soviético Tupolev Tu-144 ter sido o primeiro jato de passageiros supersônico a ser testado, no final de 1968,  toda a atenção do público estava no Concorde. O mercado estava muito animado com o supersônico europeu.

Havia uma estimativa de mercado para 350 aeronaves, e a carteira de pedidos tinha 100 unidades, as maiores companhias da época queriam ter um Concorde para chamar de seu.

Mas quando o primeiro vôo comercial ocorreu, em janeiro de 1976, muita coisa havia mudado. Para pior.

O projeto do Concorde teve inicio no final de novembro de 1962. Inicialmente foram construídos 6 protótipos. O projeto era ambicioso, um jato de passageiros capaz de viajar duas vezes mais rápido que o som. Com capacidade entre 92 a 128 passageiros, dependendo da configuração, o jato podia atingir 2170 km/h numa altitude de mais de 18 mil metros. Para atingir essa velocidade, eram necessárias quatro turbojets Rolls-Royce/Snecma Olympus 593, cada motor tinha um empuxo de 18,7 toneladas.

Dois eventos não previstos acabaram puxando o tapete do Concorde. O primeiro foi a crise do petróleo de 1973. As nações árabes decidiram embargar as nações do Ocidente pelo seu apoio a Israel durante a guerra do Yom Kippur. Isso fez o preço do combustível triplicar em poucos meses. Mesmo com o fim do embargo, o preço do petróleo nunca mais seria o mesmo. Para voar duas vezes mais rápido que o som os motores precisavam de 119 mil litros de combustível. Isso tornou as operações inviáveis, já que um avião normal no mesmo trajeto consome 40% menos de combustível e pode levar dependendo do modelo o triplo de passageiros.

O outro problema no caminho do Concorde foram as proibições de vôos supersônicos sobre centros urbanos. 

Os problemas que surgiram nos anos 70 fizeram a carteira de pedidos evaporar. Apenas duas empresas operariam o Concorde, a British Airways e a Air France. O avião não dava lucro, mas foi mantido em operação até 2003. Ele dava prejuízo mesmo com a passagem custando mais de 10 mil dólares em valores corrigidos pela inflação.

Até o momento em que o primeiro passageiro embarcou, havia sido investidos 2,8 bilhões de dólares. Corrigindo pela inflação, seria o equivalente a 11 bilhões de dólares em valores de 2023. Para fins de comparação, um avião moderno, como o Airbus A380, custou 10 bilhões de dólares para ser desenvolvido.

Enquanto o Airbus A380 teve 254 unidades fabricadas, o Concorde teve apenas 20 unidades construídas, sendo 14 para uso comercial.

 

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